Em três meses, o projeto Respirar do Governo do Amazonas já realizou mais de 6 mil atendimentos de pessoas com sequelas da Covid-19. O projeto é voltado para a reabilitação cardiopulmonar e física de pessoas que tiveram a doença. Mesmo um ano após a alta hospitalar de um quadro de Covid-19, muitos pacientes relatam sintomas persistentes da doença.
Tomaz Soares, conta que seu pai, Raimundo Batista Alves, ficou 54 dias entubado em um leito de UTI no Hospital Delphina Aziz. Ele relata que a alta médica foi considerada uma vitória pela família e que hoje o pai, que trabalha como motorista, enfrenta um longo tratamento por conta das sequelas da doença: (ouça)
O que aconteceu com o Raimundo Batista não é um caso isolado. Segundo uma pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo, 70% dos pacientes que tiveram Covid-19 apresentam algum tipo de sequela até um ano após a alta hospitalar.
Cerca de 800 pacientes foram acompanhados pelos pesquisadores entre o fim de março do ano passado e julho deste ano e os principais sintomas relatados são fraqueza, fadiga e falta de ar.
A empresária Edna Cardoso precisou passar por diversos especialistas e um ano de tratamento para curar sequelas da covid-19. Ela conta como a doença mexeu com seu organismo: (ouça)
Especialistas alertam que 8 em cada 10 pessoas infectadas com a doença apresentam sequelas. A pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, esclarece que atualmente existe uma categoria chamada covid longa e que as pessoas devem fazer um check-up para identificar o problema: (ouça)
No Amazonas, as pessoas podem ser atendidas gratuitamente pelo programa Respirar.
Basta procurar uma Unidade de Saúde Básica e ser encaminhado para a Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames.
As sessões são realizadas no Centro de Treinamento de Alto Rendimento do Amazonas (Ctara), localizado na Vila Olímpica de Manaus.
Reportagem: Ricardo Chaves