Reportagem: Tawanne Costa
De responsabilidade da União, por se tratar de uma rodovia federal, a situação da travessia nas pontes da BR-319 segue sem perspectiva de melhora.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT, o orçamento para a construção das duas ponte e remoção dos escombros está estimado em aproximadamente 44 milhões de reais.
O valor chegou a ser questionado por políticos do Amazonas.
Em entrevista exclusiva à BandNews Difusora, o deputado Sidney Leite (PSD), afirmou que acionou a justiça sobre a situação dos custos de manutenção da rodovia. (Ouça)
Após inúmeras divergências de informações quanto ao cronograma de recuperação, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) cobrou que fossem enviadas mensalmente informações sobre as atividades em curso para recuperação do tráfego na via.
O alto valor dos contratos e a falta de respostas diretas do superintendente do DNIT foram alvos de críticas dos parlamentares. (Ouça)
O DNIT diz que as obras de construção deveriam iniciar tão logo o projeto de engenharia fosse analisado e aprovado pelos técnicos do órgão, o que já deveria ter acontecido como afirmou o presidente da autarquia em Audiência Pública em junho deste ano na Aleam.
À época, Luciano Moreira afirmou que a obra ficaria pronta em outubro de 2023. (Ouça)
Além de todo prejuízo causado nesse período de um ano, a investigação sobre a tragédia que vitimou cinco pessoas ainda não foi concluída. Além do inquérito instaurado pela PC-AM, a Polícia Federal também atua para responsabilizar os culpados. Até o momento ninguém foi indiciado.
João Fernandes era funcionário público e foi a última vítima a ser encontrada após o acidente. A filha dele, Gilcilene Araújo Fernandes, conta que viveu momentos de angústia sem saber o paradeiro do pai.
Ela fala do sentimento que afeta toda família até hoje. (Ouça)
Segundo Gilcilene, não houve qualquer tipo de ajuda. (Ouça)
Na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) uma tentativa de instaurar uma CPI para apurar o caso também não saiu do papel por falta de apoio da maioria dos deputados. Na Câmara e no Senado não houveram pedidos de investigação.