O pescador Amarildo da Costa, conhecido “Pelado”, confessou ter matado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips. A informação foi divulgada pela Polícia Federal. As circunstâncias do crime ainda são apuradas.
Os restos humanos encontrados pela Polícia Federal próximo ao local das buscas pelas vítimas são levados para Brasília, no Distrito Federal, onde passam por perícia. O objetivo é identificar se o material coletado pertence a dupla desaparecida na Amazônia desde o dia 5 de junho.
Os vestígios estavam enterrados em uma área de mata de difícil acesso, a cerca de 3 quilômetros do local onde os pertences de Dom e Bruno foram encontrados no último domingo.
De acordo com o Superintendente Regional da PF, Eduardo Alexandre Fontes, Amarildo indicou o local onde as vítimas teriam sido enterradas.
Amarildo Oliveira já havia sido preso na semana passada por suspeita de envolvimento no caso. Também foram encontrados vestígios de sangue na lancha dele.
O irmão de Amarildo, Oseney Oliveira, foi preso por suspeita de participação no crime nessa terça-feira.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Guilherme Torres, não está descartada a participação de outras pessoas.
O delegado Alexandre Fontes também afirmou durante coletiva que um terceiro suspeito está sendo investigado.
Em depoimento, Amarildo confessou que a embarcação usada para levar os corpos até a área onde foram enterrados foi afundada no rio com o uso de sacos de areia para não deixar vestígios.
A polícia Federal afirma que equipes vão continuar escavando a área para encontrar mais remanescentes humanos que também serão encaminhadas para análise.
O inglês Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo Pereira foram vistos pela última vez na comunidade de São Rafael, na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, no dia cinco de junho.
A área é conhecida por ser alvo constante de ataque de madeireiros, de garimpeiros ilegais e narcotraficantes.