Por Ricardo Chaves:
Seis dos oito deputados federais do Amazonas assinaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da jornada de trabalho 6×1 no Brasil.
Apesar de conquistar o número mínimo de assinaturas para protocolar o projeto nesta quarta-feira,13, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), segue em busca de apoio dos parlamentares e em diálogo com o governo Lula sobre a matéria.
A PEC precisava de 171 assinaturas para entrar em discussão. No entanto, a proposta já conta com a adesão de 194 parlamentares, segundo a parlamentar.
Até o momento, os parlamentares da bancada amazonense Adail Filho (Republicanos), Amom Mandel (Cidadania), Átila Lins (PSD), Fausto Júnior (União Brasil), Saullo Vianna (União Brasil) e Sidney Leite (PSD) assinaram a proposta. Os deputados Capitão Alberto Neto (PL) e Silas Câmara (Republicanos) ainda não se posicionaram sobre PEC.
Em coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira, a parlamentar disse que tem dialogado com ministros do governo Lula.
Para ela, existe boa vontade do Palácio do Planalto para tratar da proposta. Com isso, ela tem buscado uma articulação para que a proposta chegue com força na Câmara dos Deputados:
Ainda na noite de quarta, a deputada participou de reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para dialogar sobre o texto.
Primeiro deputado a aderir à matéria no Amazonas, Saullo Vianna (UB), acredita que a PEC é necessária para abrir uma discussão, principalmente, para discutir, segundo ele a situação de trabalhadores que são “extremamente demandados”:
Sobre o assunto, Sidney Leite avalia que o tema deve ser tratado de forma mais ampla e com setores da economia brasileira:
Para Adail Filho a pauta é crucial e exige um debate aprofundado:
Nas redes sociais, Fausto Júnior defendeu a importância de debater os impactos econômicos e sociais da PEC, ouvindo especialistas, trabalhadores e empresários, para que a implementação não prejudique o crescimento do País nem a geração de emprego.
Amom Mandel inicialmente se posicionou contra a PEC, mas após estudo técnico elaborado por sua equipe resolveu aderir a matéria.
A PEC da deputada federal pretende alterar o artigo da Constituição Federal e reduzir de 44h para 36h por semana o limite máximo de horas semanais trabalhadas.
Atualmente, a escala 6×1 é comum nos setores da indústria, comércio, restaurantes e mercados, onde os trabalhadores com carteira assinada cumprem seis dias consecutivos de trabalho e têm apenas um dia de descanso.