Reportagem: Cindy Lopes
O preço da cesta básica amazonense aumenta mais uma vez e chega a 324 reais, a maior alta registrada até agora.
Segundo uma pesquisa da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (CDC/ALEAM), a variação foi de 4,17% a mais em junho deste ano na comparação com o mês de maio quando o preço médio era de 311 reais.
O levantamento divulgado nessa terça-feira (12) mostra que, entre os 26 itens selecionados, os produtos de limpeza foram os que mais tiveram aumento. O sabão em pó ficou mais de 20% mais caro, enquanto o sabão em barra registrou alta de 17,6%.
O preço do desinfetante e do sabonete, subiu 14% e 12%, respectivamente.
Na casa da empreendendora empresária Cléo Costa, foi preciso abrir mão de alguns produtos de marcas famosas e substituir pelos mais baratos. (Ouça)
Além dos produtos de limpeza, a pesquisa aponta que itens como macarrão e linguiça calabresa também encareceram. Em contrapartida, o preço do arroz reduziu 7,8%, a cartela de ovos 5% e o sal de cozinha 4%.
Apesar disso, essa retração não foi suficiente para deixar o amazonense mais tranquilo. A aposentada Alba Bandeira, de 73 anos, afirma que o valor, antes separado para as compras do mês, agora só é suficiente para o mercado da semana. (Ouça)
A educadora Emília Tainá sentiu no bolso, principalmente, os preços dos produtos derivados do leite. E não teve jeito, foi preciso reduzir o consumo. (Ouça)
A economista Denise Kassama destaca que o aumento na cesta básica é impulsionado pelo preço do petróleo, gás natural e insumos agrícolas. (Ouça)
Considerando a questão geográfica do Amazonas, a situação piora. (Ouça)
A coleta de dados da Comissão de Defesa do Consumidor foi realizada em 10 supermercados, localizados nas zonas leste e norte da capital amazonense.