Reportagem: Liandre Coutinho
A concessionária Amazonas Energia pode sofrer uma intervenção federal pelo Ministério de Minas e Energia. A ação está relacionada com uma recomendação divulgada na terça-feira (21) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que sugere o fim do contrato com a empresa.
Segundo a Aneel, a concessionária teve a oportunidade de apresentar um plano de recuperação econômica ou a mudança do controle societário, e escolheu a última opção.
A instituição ainda afirmou que o pedido de transferência do controle societário não foi aprovado porque o documento apresentado não comprovou que a empresa recomendada, Green Energy, tem a capacidade técnica, econômica ou financeira de realizar os serviços.
O assunto foi tema de discussão na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nessa quarta-feira.
O deputado Sinésio Campos (PT) apresentou as informações da Aneel e criticou a atuação da Amazonas Energia no estado. (Ouça)
Em 2022, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) avaliou a atuação da Amazonas Energia.
No relatório final, constavam irregularidades como a cobrança de valores abusivos pelos medidores de energia, falta de manutenção elétrica e violação da proibição de cortes durante a pandemia de Covid-19.
Em setembro do mesmo ano, a concessionária foi autuada pela Agência Nacional de Energia por descumprir cláusulas contratuais, com destaque para o alto endividamento da empresa.
Segundo o deputado Sinésio Campos, o serviço prestado não é eficiente. (Ouça)
Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor, a Amazonas Energia é a empresa mais demandada no Procon-AM, por denúncias e reclamações de má prestação de serviços à população.
Até a decisão final do Ministério de Minas e Energia, a concessionária deve continuar como a responsável pela distribuição de energia e vai seguir sob a fiscalização da Agência Nacional.
Em nota, a concessionária Amazonas Energia informou que se pronunciará no momento oportuno.