O Governador Wilson Lima reage à recomendação da Funai de suspender o processo de licenciamento para exploração de potássio no município de Autazes até conclusão dos trabalhos de identificação dos limites de Terras reivindicadas por indígenas da etnia Mura.
Nas redes sociais, o governador do Amazonas criticou a recomendação afirmando que “é um erro” suspender o processo de licenciamento. Disse ainda que “o mundo precisa entender que só se protege verdadeiramente a floresta quando gera oportunidade de emprego e renda para as pessoas que vivem na Amazônia”
Um grupo de trabalho da Funai começa no dia 30 os estudos para identificação do território da Aldeia do Soares e Urucurituba. A equipe tem 180 para concluir os trabalhos.
No último dia 9 de agosto, a Funai recomendou em ofício enviado ao presidente do IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), Juliano Valente, a suspensão do processo de licenciamento até que os trabalhos sejam concluídos.
O grupo de trabalho foi criado em portaria publicada no Dia 1° de agosto deste ano após decisão da Justiça em uma ação movida pelo Ministério Público Federal que cobrou a delimitação do território, aguardada a mais de 15 anos.
Segundo a empresa Potássio do Brasil, a jazida existente em Autazes tem potencial para atender 20% do mercado brasileiro pelos próximos 23 anos, o que vai colocar o Amazonas no topo da produção de fertilizantes no país.
Ainda segundo a empresa, a tecnologia usada no processo é sustentável e não causa dando a meio ambiente e ao solo.
A paralisação das atividades em Autazes também foi requerida por meio de uma Ação do Ministério Público Federal.
O Procuradoria-geral do Estado, que acompanha o caso em todas as vertentes, informou que está avaliando os próximos passos que o Governo deve adotar e continua defendendo a exploração do potássio no Amazonas.
Da redação.