Por Liandre Coutinho
Com um intervalo de uma semana, dois incêndios de grandes proporções ocorreram entre as zonas Sul e Centro-Sul da cidade.
Além de deixar famílias desabrigadas, os dois casos tiveram outra situação em comum: a demora no atendimento do Corpo de Bombeiros.
Moradores dessas localidades relataram à BandNews Difusora problemas para acionar a corporação, através do 193, além do longo tempo de espera.
No caso da Rua Afonso Pena, no bairro Praça 14 – onde duas residências foram destruídas pelas chamas no dia 28 – testemunhas registraram um tempo de espera de 20 minutos entre as primeiras ligações e a chegada do primeiro Caminhão de Combate a Incêndio.
Apesar de inúmeras tentativas, a moradora do bairro, Karla Silva, não conseguiu contato com a corporação. (Ouça)
No dia 20 de janeiro, um incêndio de grandes proporções destruiu mais de 30 casas na comunidade Bairro do Céu, no bairro Aparecida.
Luiz de Souza, morador do local há mais de OITO anos, não teve a casa consumida pelas chamas por muito pouco. Ele conta que o Corpo de Bombeiros levou cerca de uma hora para chegar. (Ouça)
Questionado, o Corpo de Bombeiros não respondeu se há regulamentações específicas para o tempo de resposta à emergência.
Mas há fatores decisivos para garantir a agilidade no atendimento, conforme explica o especialista em segurança pública, Walter Cruz. (Ouça)
O tempo de resposta à emergência não é uma regra no Amazonas.
Porém, é um fator determinante, já que uma ação rápida reduz os impactos.
O coordenador adjunto de comissões da OAB Amazonas, Celso Valério, explica que há aparatos legais para quem se sentir alvo de negligência no atendimento a emergências. (Ouça)
Segundo o Corpo de Bombeiros, um alto número de efetivo e viaturas foram enviados nos dois incêndios, que tiveram grande proporção por acontecerem em áreas com dificuldade de acesso e muitas casas de madeira.
O especialista Walter Cruz garante que os problemas na mobilidade precisam ser considerados no planejamento. (Ouça)
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que as investigações sobre as causas dos incêndios são conduzidas pelo Departamento de Perícia Técnica Científica (DPTC).
A instituição alegou que o tempo-resposta foi oito minutos no caso do bairro Praça 14.
Já na comunidade Bairro do Céu, o tempo-resposta seria de seis minutos.