Vereador Sargento Salazar foi denunciado por homicídio uma semana após ser eleito

O vereador sargento Salazar (PL), o mais votado na eleição municipal de Manaus, é acusado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) de homicídio, por atirar seis vezes em um homem de 27 anos.

A denúncia foi obtida pelo jornal Folha de São Paulo e confirmada pela BandNews Difusora FM.

O caso ocorreu em 2019, enquanto Salazar estava de folga. O homem identificado como Felipe Kevin de Oliveira Costa, 27, estaria participando de um roubo em um ponto de ônibus.

Salazar foi denunciado por homicídio uma semana após ser eleito. A acusação diz que ele estava em seu carro, sem farda, quando viu um homem armado roubando a bolsa de uma mulher e depois fugindo com um cúmplice que dirigia uma moto. O vereador, então, perseguiu os dois e colidiu com a moto, derrubando a dupla no chão.

Em seguida, desceu do carro, correu atrás deles e atirou. Um dos homens, Felipe Kevin de Oliveira Costa, morreu, enquanto o outro fugiu.

Ao prestar depoimento, o sargento disse que agiu conforme a lei. Afirmou que o carona deu dois tiros em sua direção durante a perseguição de carro, que a moto caiu e que, quando correu para detê-los, o homem atirou uma terceira vez. Ele, então, revidou, dizendo não se lembrar quantos disparos realizou.

A investigação, porém, indica que Felipe Kevin não era o assaltante que estava armado e não citam troca de tiros. Nenhuma arma foi encontrada quando a polícia chegou no local, e a mulher que teve a bolsa roubada relatou que o morto não era quem a tinha assaltado.

Além disso, as imagens indicam que o carro e a moto chegaram partiram de direções diferentes antes de se chocarem.

Questionado pela Folha de São Paulo, Salazar disse por meio de seu advogado que “a arma estava com o que fugiu”, o que difere do que ele havia dito em depoimento, e não explicou por que não foi à delegacia naquele dia.

Procurado pela BandNews Difusora FM, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) informou que:

Em relação a esse processo, basicamente o MPAM ofereceu denúncia em outubro do ano passado, a qual foi subscrita pelo promotor que então respondia pela 16ª Promotoria de Justiça, Leonardo Tupinambá.

Segundo o atual promotor do caso, Thiago de Mello, como titular da ação penal, o MPAM continuará acompanhado, de perto, o processo, que está bem instruído com provas em vídeo nos autos, aguardando julgamento. O processo tramita na 2ª Vara do Tribunal de Júri Popular.

Confira na íntegra a nota do vereador Sargento Salazar enviada à BandNews Difusora FM:

O vereador Sargento Salazar possui uma trajetória marcada por seu trabalho ostensivo no combate ao crime na cidade de Manaus, assim como qualquer outro policial de área dedicado à segurança pública.

Todos os processos e inquéritos nos quais o vereador figura decorrem exclusivamente de sua atuação como agente da lei, que, ao fazer o juramento de proteger a sociedade, assume o compromisso de agir, mesmo com risco a própria vida, inclusive durante seu período de folga, não sendo omisso ao se deparar com a ocorrência.

Destacamos que compete às autoridades responsáveis conduzir os esclarecimentos necessários sobre qualquer ocorrência. Além disso, o fato mencionado não é novo e já foi amplamente abordado pelo próprio vereador, que desempenhou seu dever de policial, agindo no acompanhamento dos assaltantes e garantindo a recuperação dos bens da vítima.

Reafirmamos nossa confiança no devido processo e na Justiça, certos de que a verdade sempre prevalecerá.

Por Ricardo Chaves

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