A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pede ao Brasil que sejam adotadas medidas de proteção para 11 membros da União dos Povos Indígenas do Vale de Javari “ameaçados de morte” na região.
Os integrantes da entidade atuaram nas buscas e nas investigações dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, registrado em junho deste ano, e ainda trabalham na proteção dos indígenas no território.
O pedido decidido pela CIDH em forma de medida cautelar foi feito pela Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão autônomo encarregado da promoção e proteção dos direitos humanos no continente.
A OEA considerou que o relato da Univaja preenche os requisitos de gravidade, urgência e irreparabilidade (perigo de dano irreversível).
Nas informações que apresentou à Comissão, a Univaja lembrou que, antes de Bruno e Dom, já havia sido assassinado o indigenista Maxciel Pereira dos Santos, em 2019, após sofrer várias ameaças.
Bruno Pereira também recebia ameaças antes de ser assassinado e, em vez de protegê-lo, o governo brasileiro o exonerou de seu cargo na Fundação Nacional do Índio após operação que coordenou para combater atividades ilegais na região do Javari.
Da redação