O principal problema na temporada da vazante é o aumento dos riscos de embarcações encalharem em bancos de areia, pedras e troncos de árvores que surgem com maior frequência nestes meses.
Por isso, um alerta foi emitido nesta quarta-feira, 10, pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) , sobre as condições de navegabilidade nos rios do estado com o início da temporada de vazante.
Segundo o Sindarma, no verão amazônico o perigo é redobrado e durante a vazante, o tempo das viagens chega a dobrar em alguns trechos como Manaus-Porto Velho, por conta da necessidade de navegar em canais nos rios.
O vice-presidente do sindicato, Madson Nóbrega, explica que são passadas orientações aos associados para manter os treinamentos da tripulação e a manutenção dos equipamentos de monitoramento e segurança. (Ouça)
Segundo o Sindarma, quando o rio está em volume normal ou cheio, as embarcações podem passar em linha reta com uma velocidade maior. Com os canais mais fundos que surgem durante a seca, o percurso é feito em zigue-zague, o que pede um cuidado maior dos capitães e amplia o tempo da viagem.
Além das dificuldades naturais, durante a temporada de vazante os grandes comboios transportadores de cargas e combustíveis não podem navegar à noite, por conta da legislação dos órgãos do setor aquaviário para evitar ocorrências e acidentes.
O comandante da Marinha do Brasil, Felipe Auzier, chama a atenção sobre a superlotação nos barcos nesse período de vazante.
O período da vazante pode impactar também no custo do frete para grãos, fertilizantes, combustíveis, entre outros produtos básicos de Manaus ao interior e outros Estados.
O Sindarma diz que as balsas devem reduzir a quantidade de carga transportada até o fim de outubro por causa da profundidade e estreitamento dos rios.