Reportagem: Tawanne Costa
Após o decreto de situação de emergência, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT adotou o uso de balsas para o tráfego de pessoas e veículos.
Atualmente as balsas precisaram ser travadas entre os acessos, tornando-se fixas e funcionando como ponte.
O travamento das balsas deve-se à vazante acentuada dos rios, mas o ambientalista Carlos Durigan argumenta que a medida é uma grande ameaça ao ecossistema como fauna e flora. (Ouça)
A preocupação das autoridades é quanto aos prejuízos ambientais. Isso porque a passagem seca impede o fluxo do leito do rio, podendo causar a mortandade dos peixes por falta de oxigênio.
O vereador, Eduardo Barbosa, afirma que já recebeu várias denúncias dos ribeirinhos que vivem na região e dependem dos recursos naturais para sobreviver.
Ele explica o impacto da fixação das balsas. (Ouça)
Além dos prejuízos ambientais, vários são os problemas com o serviço temporário das balsas contratadas pelo DNIT, desde o estado de conservação e às condições de funcionamento da balsa utilizada, visivelmente precária.
Por falta de combustível no rebocador que movimenta a balsa, uma ambulância ficou mais de duas horas esperando a travessia. A situação gerou revolta nos pacientes que seguiam em direção a capital em busca de atendimento médico. (Ouça)
No ano passado, o DNIT chegou a implantar um aterro sobre o bueiro tubular que fica entre as pontes.
A BandNews Difusora trouxe a denúncia em reportagem retratando que as comunidades ribeirinhas que moram na região do rio Autaz-Mirim ficaram sem água para beber e realizar as tarefas diárias.
O pescador, Antônio Almeida, relembra o momento em que as casas flutuantes estavam em um pequeno trecho com o rio quase seco. (Ouça)
Em maio deste ano, o ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu que as obras de recuperação da BR-319 iniciariam no mês junho, inclusive a reconstrução das pontes. O que não aconteceu.
O compromisso foi firmado durante reunião com o governador Wilson Lima. (Ouça)
Segundo informações do Ministério dos Transportes, a recuperação das estruturas deveria ser retomada no período do verão amazônico.
A região vive um momento de estiagem severa, o DNIT atribui o fenômeno da natureza como o motivo que deve levar um pouco mais de tempo para que a remoção total dos escombros da antiga ponte seja concluída.
O prazo não foi informado à BandNews.