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Secretária do Ministério dos Transportes diz há viabilidade para recuperação da BR-319

 

Reportagem: Eros de Sousa

Uma audiência pública para debater os impactos econômicos da BR-319 é realizada em comissão da Câmara dos deputados.

O debate realizado nessa quarta-feira (24) foi solicitado pelo deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), o objetivo era tratar dos impactos que um novo asfaltamento da BR-319 traria à região norte.

Além de Sydney Liete, a audiência também contou com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-DNIT, do Ministério dos Transportes, da SUFRAMA e do INPA.

O Diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Mello, explicou que estão sendo realizados estudos ambientais junto ao Ibama para a autorização do asfaltamento. (Ouça)

O Coordenador-Geral de Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Igor Costa, disse que a rodovia tem um papel urgente para o Polo industrial de Manaus. (Ouça)

Os pesquisadores temem que o asfaltamento do chamado trecho do meio da BR-319 possa aumentar os números do desmatamento e afetar terras indígenas e unidades de conservação que se localizam ao longo da rodovia.

Um levantamento feito pela organização InfoAmazonia mostrou que o impacto de seis rodovias estaduais previstas para se conectarem à BR-319, pode chegar a 40 terras indígenas e 38 unidades de conservação, afetando cerca de 23 mil indígenas.

Além disso, uma pesquisa publicada pela Revista Nature já mostrou que essa pavimentação pode prejudicar metas climáticas ao acelerar a perda da biodiversidade na Amazônia.

O Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Philip Fearnside, disse que além dos impactos ambientais, a BR-319 também teria um baixo retorno econômico e que a melhoria de modais que já existem faria mais sentido para a economia do estado. (Ouça)

A fala do pesquisador foi rebatida pelo Presidente-Executivo do Centro de Indústrias do Estado do Amazonas, Lúcio Flávio De Oliveira, que disse que a pavimentação não devia levar em conta apenas o escoamento de produção. (Ouça)

O deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) disse que não seria correto atribuir os problemas que podem surgir com a BR-319 para a própria rodovia, mas sim à ausência do estado na região. (Ouça)

Em novembro do ano passado, o Ministério dos Transportes criou um grupo de trabalho para discutir a situação da BR-319, com foco na viabilidade da construção e na participação de todos os atores envolvidos.

A expectativa é que o resultado fosse publicado até o final de março deste ano, o que não aconteceu até o momento.

Questionada pelo deputado Sidney Leite sobre a publicação, a Secretária de Sustentabilidade Substituta do Ministério dos Transportes, Paloma Campos, disse que o documento está em revisão, mas foi constatada a viabilidade da rodovia. (Ouça)

Iniciada na década de 70 durante a ditadura militar e abandonada em 1988, a BR-319 é o único caminho rodoviário de integração da capital amazonense ao resto do País.

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