Reportagem: Eros de Sousa e Álex Ferreira.
A recompra da Refinaria da Amazônia (Ream) pelo Governo Federal é vista com bons olhos por economistas e trabalhadores da área.
Na última sexta-feira (17), a Folha de São Paulo divulgou que o governo estava com ideia de recomprar a Ream.
A refinaria foi vendida pela Petrobras ao Grupo Atem durante o governo Jair Bolsonaro (PL), em 2022, por mais de 257 milhões de dólares. Agora a Petrobras quer recomprar a refinaria.
A economista, Denise Kassama, diz que, em caso de recompra, há sim uma brecha para a redução de preços nos produtos distribuídos pela refinaria, mas que problemas geográficos também influenciam na questão.(Ouça)
Denise Kassama também explica que, com a possível recompra, a refinaria teria uma preocupação mais social, influenciando no valor dos produtos.(Ouça)
A Ream cobra preços mais altos de gasolina e gás de cozinha em relação à Petrobras. Dados do Observatório Social do Petróleo mostram que a refinaria vende o botijão de gás 44% mais caro do que a Petrobrás, sendo este o maior valor do país.
Já a gasolina é vendida a 3,24 reais contra os 2,81 da Petrobrás.
O Coordenador Geral do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcus Ribeiro, vê a recompra com bons olhos e diz que a privatização não foi benéfica aos amazonenses.(Ouça)
Segundo apurou o jornal Folha de São Paulo, a recompra é um dos itens na lista de prioridades na gestão de Magda Chambriard na Petrobras, que vai assumir a presidência da estatal após a demissão de Jean Paul Prates na última semana.