O Dia das Crianças comemorado nesta semana, celebra os direitos das crianças e adolescentes, e ajuda a conscientizar as pessoas sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida.
Paralelo às homenagens, na última semana, o tema sobre o costume de educar filhos através de palmadas foi impulsionado na internet a partir de declarações de famosos.
O ocorrido se tornou assunto nas redes sociais e inúmeros internautas realizaram comentários e críticas a essa forma de tratamento dado a crianças.
Mas, afinal, pais devem utilizar palmadas como forma de educar os filhos? Qual é a opinião de especialistas a respeito de um tema tão complexo e delicado?
A psicanalista e psicopedagoga Andrea Ladislau aponta que uma simples palmada pode desencadear uma série de comportamentos problemáticos, fazendo com que as crianças desenvolvam dificuldades para se relacionar no futuro. (Ouça)
O psicólogo Paulo Kokay avalia que é preciso considerar que a criança também é um ser humano que possui perspectivas próprias, que precisam ser validadas e respeitadas. (Ouça)
Existem pais e mães que preferem recorrer a outras técnicas no que se refere à educação das crianças. A advogada e servidora pública Marjorye Garcia comenta que faz o possível para educar a filha, Malu, sem palmadas ou qualquer outro tipo de castigo físico.
Para ela, o costume de correção à base de violência faz a criança atender aos comandos por medo, e não por respeito aos pais. (Ouça)
Marjorye compartilha a estratégia que utiliza para momentos em que Malu não obedece. (Ouça)
Castigos físicos e qualquer tipo de ação punitiva em que seja aplicado o uso da força, resultando em sofrimento e lesão corporal, é crime, de acordo com a Lei da Palmada, que está em vigor desde 2014.