Reportagem: Eros de Sousa
Uma casinha cheia de livros pode parecer um desenho feito por uma criança, mas no Amazonas é um projeto real que traz literaturas para comunidades indígenas e ribeirinhas.
O projeto que é nacional, chega agora com a construção de mais dois novos espaços no estado com mesas, cadeiras, puffs, teatro para fantoches e um acervo de 600 livros.
O primeiro espaço foi inaugurado na Escola Indígena Municipal Kanata T-Ykua, na comunidade ribeirinha de Três Unidos, na capital amazonense.
A segunda foi inaugurada no munícipio do Uarini, na Comunidade Punã.
Natália Rolim é coordenadora Regional do Projeto Casinha de Livros, e explicou que a iniciativa busca trazer literatura para comunidades de difícil acesso. (Ouça)
O acervo tem todo tipo de gêneros literários como contos de fada, fábulas, contos populares brasileiros, indígenas e africanos, todos infanto-juvenis.
O espaço também visa refletir sobre preservação da a biodiversidade brasileira, que se encontra ameaçada.
Na comunidade ribeirinha Punã, o projeto chegou na Escola Luiz Gonzaga, onde a gestora da unidade, Manaide de Araújo, contou que a chegada do acervo vai facilitar e instigar o interesse na leitura nos alunos. (Ouça)
A Lei nº 12.244 de 2010 estabelece a obrigatoriedade de bibliotecas em instituições de ensino de todo o país.
O casinha de livros busca assegurar esse direito descrito em lei, além de fazer com que o livro seja o um centro de referência e formação de leitores com consciência de leitura para o futuro.
O projeto também visa a redução do analfabetismo e a formação de um público consumidor de cultura.