Reportagem: Eros de Sousa
Após recomendação da Defensoria Pública para suspender a venda de ingressos do Festival #Sou Manaus Passo a Paço, a prefeitura diz que ainda não foi informada sobre a medida.
O documento relata que a medida leva em consideração as manifestações da população local, que demonstram insatisfação com o formato adotado pela prefeitura.
Nessa quarta-feira a Pump Manaus, empresa privada que faz parceria com a prefeitura para a realização do evento, divulgou o valor do ingressos e dos camarotes, que daria acesso privilegiado aos palcos. Os preços vão de 30 reais, o menor valor, a 30 mil reais, o maior.
A medida foi de responsabilidade do defensor público Carlos Almeida Filho. Ele explica que a decisão de cobrar por entrada em um serviço patrocinado pelo poder público é irregular. (Ouça)
O defensor público Carlos Almeida Filho relata que essa iniciativa cria distinção entre públicos, dificulta o acesso da população geral ao festival que devia ser público. (Ouça)
A medida também causou polêmica entre parlamentares, o vereador Rodrigo Guedes relatou preocupação em relação a essas cobranças de ingressos. (Ouça)
A Defensoria recomenda ainda que a Prefeitura de Manaus realize campanhas de educação ambiental, para conscientizar a população quanto ao despejo adequado dos resíduos sólidos e que as medidas sejam tomadas em regime de urgência.
Além disso, também foram questionadas pela defensoria a falta de atrações para demais manifestações religiosas.
O órgão deu 72h para que a Prefeitura e Manauscult adotem providências e encaminhem as respostas e o não cumprimento pode acarretar adoção de medidas judiciais e extrajudiciais.