Por Jefferson Ramos
Por três semanas consecutivas, a Refinaria da Amazônia, administrada pelo grupo Atem, mantém o preço do refino que compõe o preço da gasolina comum no patamar de R$ 3,86, o maior nível do ano até esta semana.
Em São Paulo, por exemplo, onde a Petrobras realiza o refino dos combustíveis, a parcela que a empresa de capital misto cobra é de R$ 2,19, segundo o site da empresa. A mesma operação é feita pela Petrobras por menos R$ 1,67.
O refino representa 56% da composição do preço da gasolina comum de R$ 6,99. O grupo Atem pratica o Preço de Paridade Internacional, política já abandonada pela Petrobras. Pelo PPI, a empresa repassa toda variação do preço do barril de petróleo e do dólar no mercado internacional diretamente ao consumidor.
O preço do refino abriu o mês de novembro por R$ 3,76 no dia 1º. Na semana posterior, o preço saltou para R$ 3,86, aumento de R$ 0,10 em um intervalo de uma semana. Desde então, o valor permanece o mesmo.
No mês passado, o preço do refino pressionou a subida da gasolina e aditivada para os atuais R$ 6,99. Na época, o Atem subiu R$ 0,20 da operação na refinaria, localizada no Distrito Industrial.
No dia 11 de outubro, o preço subiu de R$ 3,59 para 3,78. O valor se manteve até o dia 25, quando houve a atualização para R$ 3,76.
A refinaria em Manaus, que atende os estados do Norte do país, com exceção do Tocantins, foi privatizada no último ano do governo de Jair Bolsonaro.
O refino é um dos elementos que compõem a cadeia de preço da gasolina. O preço estabelecido pela Ream já inclui impostos federais, porém exclui o ICMS estadual, que é adicionado posteriormente na etapa de revenda e distribuição.
Na composição do preço final da gasolina, estão inclusos R$ 0,69 de impostos federais, R$ 1,37 de ICMS estadual, R$ 0,79 do etanol anidro adicionado ao combustível, além dos lucros das distribuidoras e revendedores, que no Amazonas chegam a R$ 1,97, conforme dados da Petrobras.
Da redação.