por Tawanne Costa
Com infraestrutura precária, a situação portuária dos municípios do Amazonas é um desafio para o setor econômico da região. Os portos, embora sejam a principal entrada de passageiros e cargas, carecem de modernização para atender ao crescente fluxo das cidades do interior do estado. Do total de 62 municípios, 90% das estruturas estão comprometidas.
A afirmação foi dada pelo presidente da Associação dos Municípios do Amazonas, Anderson Souza, à rádio BandNews Difusora. (Ouça)
Em outubro do ano passado, o porto de Itacoatiara sofreu uma erosão e desabou. O deslizamento levou a estrutura da plataforma e a rampa da balsa.
Motivo de crítica por parlamentares do Amazonas. Para o deputado Dan Câmara, a ausência de investimentos coloca o estado em situação de precariedade. Ele afirma ainda que a Zona Franca de Manaus é uma das mais afetadas. (Ouça)
Em maio do ano passado, o ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho, disse que o porto de Parintins entrou na lista de revitalizações no Amazonas.
Em 2023, o DNIT investiu aproximadamente R$ 693 milhões para reformas e Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte. Desse montante, as cidades de Manacapuru, Ipixuna e Barcelos receberiam uma parcela para realizar a revitalização do local.
Diferentemente de Parintins, Manacapuru é um dos municípios que ainda padecem com a estrutura precária. O relato é do professor Douglas Almeida. (Ouça)
Se em Manacapuru a realidade não é bem vista por moradores e turistas. Na capital, a situação não muda muito.
O porto da Manaus Moderna, no Centro, recebe mais de 100 mil pessoas por dia e é porta de entrada para o recebimento e a distribuição de cargas que abastecem todo o estado.
Quem tira o sustento como carregador e precisa circular pelo local com frequência se expõe ao risco de se machucar com áreas deterioradas. O problema vem de anos. (Ouça)
Em 2024, a previsão do DNIT é que o próximo município a receber a instalação portuária seja Barcelos. A base está sendo erguida na margem direita do rio Negro e deve ser entregue no primeiro semestre do ano.
