A Polícia Civil nega que houve omissão por parte do delegado plantonista do 19º DIP no momento do registro da ocorrência de agressão cometida pelo investigador Raimundo Nonato Machado contra a babá Cláudia Gonzaga e o advogado Ygor de Menezes.
Conforme denúncia do Ministério Público, o delegado teria omitido as acusações de tentativa de homicídio.
Segundo a PC, as informações apresentadas fizeram com o que o delegado do plantão decidisse imputar o crime de lesão corporal ao investigador e autuar em flagrante a esposa dele, Jussara Machado, por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça.
As informações foram repassadas nesta segunda-feira (21) durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral do Amazonas.
De acordo com o delegado-geral, Bruno Fraga, ainda pode haver uma alteração na tipificação do que foi imputado ao servidor, para que, além de lesão corporal, ele responda a outros crimes.
Fraga reforçou que, no decorrer do procedimento, as testemunhas serão ouvidas e as imagens da câmera de segurança, o laudo pericial e demais materiais serão analisados.
Raimundo Nonato também vai responder a um processo disciplinar administrativo na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
O servidor e a esposa estão presos, à disposição da Justiça.
O CASO
O caso ocorreu na última sexta-feira (18), em um condomínio localizado no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus.
O advogado Ygor de Menezes Colares foi agredido e baleado quando tentava apartar uma agressão contra a babá do filho dele, Cláudia Gonzaga.
Imagens das câmeras de segurança do condomínio mostram quando Ygor tenta ajudar a funcionária que estava no chão e era agredida por Jussana Machado, enquanto o policial civil acompanhava ao lado e impedia socorro à vítima.
O advogado também passa a ser agredido pelo policial e acaba baleado pela esposa do agente de segurança quando estava caído no chão.
Da redação.