A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram a Operação Illusio no combate a organização criminosa que atua no tráfico de pessoas, trabalho escravo e na falsificação e contrabando de cigarros de marcas paraguaias.
São cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 35 mandados de busca e apreensão em residências, galpões e empresas de Manaus; Belo Horizonte e outras 7 cidades de Minas Gerais; 8 cidades de São Paulo, incluindo a capital; e Nova Ipixuna, no Pará.
Está sendo cumprida medida de sequestro de bens e valores, contra 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas, num total de R$ 20 milhões.
São investigados ainda os crimes de descaminho de maquinário utilizado na fabricação dos cigarros, falsificação e uso de documentos falsos, crime contra as relações de consumo, crime contra os registros de marcas e lavagem de dinheiro.
A ação tem cooperação do Ministério do Trabalho. As investigações identificaram toda a cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis, em Minas Gerais, além de toda a organização criminosa envolvida no esquema de fabricação de cigarros paraguaios falsos.
A quadrilha, chefiada por um empresário de Barueri, em São Paulo, trazia trabalhadores do Paraguai para fábricas clandestinas no Brasil, em Divinópolis, onde eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão, permanecendo reclusos, sob vigília, e incomunicáveis, por vários meses, no interior dos estabelecimentos.
Tinham, ainda, seus telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior. Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados.
A distribuição dos cigarros falsos era feita em caminhões com a ocultação destes produtos, atrás de cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana/MG.
Os presos responderão por organização criminosa, contrabando de cigarros, descaminho de maquinário, tráfico de pessoas, trabalho escravo, falsificação e uso de documento particular falso, crimes contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro.
O nome se refere a ilusão, uma vez que os cigarros falsificados eram vendidos ao consumidor final como se fossem cigarros contrabandeados, ou seja, produzidos no Paraguai.
Da redação