A perda na qualidade de vida das pessoas que vivem no Amazonas é a sexta maior entre as Unidades da Federação. O estado fica atrás do Maranhão, Pará, Acre, Amapá e Alagoas.
A conclusão é do módulo Perfil das despesas no Brasil: indicadores de qualidade de vida, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, do IBGE , que traz dois indicadores novos que medem a qualidade de vida da população.
O estudo considera moradia, saúde e alimentação, educação, acesso aos serviços financeiros, transporte e lazer, entre outros.
O índice de perda de qualidade de vida (IPQV) no Amazonas ficou em 0,216. O indicador vai de 0 a 1 e, quanto mais perto de zero, melhor a qualidade de vida; e quanto mais alto o índice, maior a perda de qualidade de vida.
O pesquisador Leonardo Vieira, responsável pela pesquisa, explica que esses indicadores multidimensionais são usados para complementar as informações obtidas pela renda das famílias.
O disseminador de informações do IBGE, Adjalma Jacques, explica que, dentre as dimensões analisadas na pesquisa, o acesso a serviços financeiros e padrão de vida foi o que teve maior impacto para o resultado obtido no Amazonas: 20,1%; em seguida, foi o acesso aos serviços de utilidade pública, seguido de moradia.
A dimensão com menor impacto no resultado foi a saúde e alimentação (13,8%)
A taxa do índice de perda de qualidade de vida do Amazonas resultou também no 5º menor Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) do país, 21,6% menor que a renda disponível familiar.
Reportagem: Cindy Lopes