Mesmo com o raio-x, familiares de presos em Manaus são instruídos a ficar em jejum para evitar que sejam impedidos de visitar seus parentes que cumprem pena de restrição de liberdade.
Segundo a pastoral carcerária, os operadores do equipamento ainda confundem mancha no estômago oriunda da digestão por consumo de alimentos com a possibilidade de transporte de material ilícito.
O coordenador da pastoral carcerária, ligada à Arquidiocese de Manaus, diácono Leonardo Lucas, declarou à Bandnews Difusora FM que a prática prejudica as famílias.
O deputado estadual comandante Dan, autor de um projeto de lei que pretende extinguir a revista vexatória no Amazonas, afirmou que a Secretaria de Administração Penitenciária deveria atualizar os equipamentos.
O parlamentar, que preside a Comissão de Segurança da Aleam, também se colocou à disposição da pastoral e anunciou que irá pedir informações da Seap sobre o caso.
O professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador na área de Segurança Pública, Fábio Candotti, questiona a prática:
A prática é considerada abusiva por entidades de direitos humanos como a Conectas Direitos Humanos. No ano passado, a Seap informou à reportagem que todos os presídios de Manaus possuem scanners corporais e detectores de metais.
Por Jefferson Ramos.