Com mais de 50 casos de rabdomiólise, também conhecida como “doença da urina preta“, a preocupação de moradores do Amazonas aumenta ainda mais.
O município de Itacoatiara, no interior do Amazonas, foi o primeiro a registrar contaminação e hoje concentra a maioria dos casos, com mais de 35 notificações e uma morte. Em outra seis cidades, inclusive em Manaus, também há registros.
O surto da doença no estado pode estar relacionado ao consumo de peixes. A infecção é marcada pela destruição das fibras que compõem os músculos do corpo e pelo escurecimento da urina.
O receio de comer peixes, alimento tradicional na culinária amazonense, tem sido comum.
Na cidade de Silves, a secretaria muncipal de saúde recomendou a proibição da venda dos peixes Tambaqui, Pirapitinga, Pacu e Arabaiana, em todo o território silvense.
Desde 2017, a doença da urina preta já teve casos suspeitos ou confirmados também nos estados do Ceará, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Goiás.
O tratamento depende da gravidade do caso, pode ser feito em internação hospitalar ou no domicílio do paciente.
Segundo o Governo do Amazonas, qualquer unidade hospitalar do estado pode tratar pacientes com essa condição. Ouça:
Reportagem: João Felipe Serrão
Foto: Reprodução