O Ministério Público Federal (MPF) investiga a terceirização da internet Starlink a serviço do garimpo ilegal. Conforme o órgão, existe pelo menos uma antena em cada área de exploração ilegal em nomes de pessoas e endereços distantes dos locais em que os minérios são explorados ilegalmente.
O MPF questiona, desde o ano passado, os métodos de verificação da empresa em relação aos usuários que contratam o serviço, mas a Starlink afirma que adota medidas para prevenir o uso criminoso das antenas e “não tem com derrubar sinais sem autorização judicial”.
Conforme dados do inquérito, a partir de relatos de agentes do IBAMA, os garimpeiros utilizam a internet da Starlink para fugir das fiscalizações, pois são avisados sempre que agentes estão em deslocamento para as áreas de garimpo.
Ainda segundo o MPF, quando ocorrem operações em um local, os criminosos também alertam garimpeiros que atuam próximo em outras áreas de garimpo ilegal.
Um levantamento da BBC Brasil revelou que a empresa Starlink tem clientes privados em 90% dos municípios da Amazônia, em estados como Roraima, Amazonas, Pará e Acre.
Da redação.