Pessoas com Deficiência (PcDs) relatam a falta de assistência e acessibilidade em ônibus do transporte coletivo em Manaus.
Um inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Amazonas para apurar irregularidades nos ônibus como falta de elevadores para cadeirantes, acessibilidade para cegos e prioridade de assentos no transporte público.
O objetivo segundo o MP, é criar uma conscientização por parte dessas empresas e colaboradores sobre os direitos de PcDs que usam o serviço de ônibus.
O autônomo Magno Sanchos é cadeirante e fala da dificuldade em se locomover sempre que ele pega ônibus. (ouça)
De uma frota de 1.500 ônibus que circulam na cidade, nem todos possuem elevador com acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Dados da Prefeitura apontam que apenas 90% dos veículos são adaptados.
O Promotor de Justiça de Defesa da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, Vitor Moreira, explica que a Prefeitura tem um mês para apresentar a existência de cláusulas e diretos de Pessoas com Deficiência no transporte urbano. (ouça)
Em nota, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), diz que a demanda solicitada foi respondida ao Ministério Público do Amazonas. No entanto, reforça que diversas ações de fiscalização, monitoramento e educação para o trânsito têm sido realizadas junto às empresas que compõem o sistema de transportes urbanos da capital.
E ainda, que vem trabalhando com as empresas e investindo em pessoal e na frota para que os usuários possam ter um serviço de qualidade e eficaz, mas não informou sobre melhorias na acessibilidade para PcDs.
Já o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (SINETRAM) Fernando Borges, diz que não tem conhecimento de nenhuma irregularidade no transporte de passageiros especiais, mas que vai colaborar com todo tipo de investigação. (ouça)
Reportagem: Gabrielle Moura
