Na última semana, o Brasil foi surpreendido com a descoberta de uma vila mineradora flutuante no Madeira, nas proximidades do município de Autazes. Não é incomum que atividades econômicas predatórias na Amazônia – como a mineração – estejam associadas a violência contra ribeirinhos, indígenas e grupos humanos que não estão inseridos nessa dinâmica. E ainda com a proximidade geográfica aos amazonenses, notícias como essas ainda parecem vir de um Amazonas distante. O exótico permeia as visões que se tem sobre a região amazônica e fortalece opiniões preconceituosas e desinformadas sobre quem vive nessas regiões.
Esse preconceito, explica Seráfico, dita como devem ser as atividades econômicas na região e como o povo que lá vive deve se comportar. Essa estigmatização pode subjugar essas populações a situações de exploração e abusos, como como aconteceu no passado com populações africanas. Confira a coluna completa: