Incêndios em reservas ambientais do Amapá preocupam autoridades. Na Reserva do Lago Piratuba no Amapá um incêndio florestal de grandes proporções já dura 16 dias. Também há registro de focos de incêndio no Parque Nacional do Cabo Orange, na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.
Conforme informações do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação) que administra o território da Reserva Piratuba, a área atingida já ultrapassou 15 km e ameaça animais e fazendas na região localizada entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, ambos no Estado do Amapá.
Uma força tarefa de órgãos federais e estaduais atuam na região com o auxílio de um helicóptero da Marinha do Brasil, mas ainda não foi possível controlar as chamas.
O corpo de bombeiros do Estado atua com escavação de trincheiras para barrar o fogo que é considerado subterrâneo por atingir vários metros de vegetação que se acumula no solo e quando está seca é altamente inflamável.
Por causa do incêndio florestal, a capital Macapá, amanheceu nesta quarta-feira (15) coberta por uma nuvem de fumaça, situação semelhante a registrada em Manaus, no Amazonas, na primeira semana de novembro.
Nesta terça-feira a Polícia Civil do Amapá informou que o incêndio é criminosos e que os autores já foram identificados e serão indiciados por crimes ambientais.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Cezar Vieira, os suspeitos estão ligados a crimes de “abigeato”, ou seja, de subtrair animais de propriedade privada em zona rural, furto e receptação de animais.
De acordo com a Polícia as apurações apontam que pessoas que capturam de forma clandestina búfalos na área da reserva biológica e nos currais de propriedades privadas estariam ateando fogo na região para “limpar” o campo, onde se deslocam com cavalos para facilitar a atividade criminosa.
Da redação
