A Defensoria Pública do Amazonas afirma que pacientes chegaram a morrer nos últimos dias enquanto aguardavam por leitos de UTI não Covid em hospitais de Manaus.
A denúncia foi encaminhada pela Defensoria Pública à Justiça do Amazonas que decidiu obrigar o Governo do Estado a garantir atendimento a hospitalizados graves no Hospital João Lúcio, na zona leste da capital.
Em consulta ao portal da Fundação de Vigilância em Saúde, dados apontam que não há leitos disponíveis para pacientes não Covid no Hospital, que possui 107 pacientes em leitos clínicos e 27 na UTI.
O documento é assinado pela juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública da capital, Etelvina Lobo Braga e estabelece prazo de cinco dias para o cumprimento da liminar.
A decisão determina que as transferências devem ocorrer de acordo com o grau e prioridade de cada paciente.
A juíza ressalta, ainda, que, mesmo que não haja leito disponível em hospital público, “isso não implica em desconsiderar o dever do Estado em fornecer o acesso à saúde a qualquer cidadão amazonense”. Ouça:
Em nota, a direção do Hospital e ProntoSocorro (HPS) Dr.João Lúcio esclarece que a unidade tem três leitos de UTIs vagos no momento.
Por se tratar de porta-aberta, a unidade enfrenta eventuais picos de lotação. Em casos de lotação máxima, conta com apoio da rede de saúde, por meio do Sistema de Regulação, para buscar leitos de retaguarda em outros hospitais.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) está trabalhando para abertura de 24 leitos de UTI no HPS 28 de Agosto e também busca nesse momento a contratação de mais leitos nos Hospitais Delphina Aziz, Getúlio Vargas e nos demais que atuam como retaguarda da rede estadual.
Reportagem: Ricardo Chaves
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