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Aumenta o número de casos de hanseníase no interior do Amazonas

por Clara Toledo Serafini

Casos Hanseníase no AM

Casos de hanseníase são investigados nos municípios de Autazes e Careiro Castanho. Somente em Careiro Castanho foram identificados 13 casos confirmados da doença até o dia 20 de julho. No primeiro semestre do ano passado foram 4 registros na cidade, segundo a Fundação Alfredo da Mata.

A hanseníase é uma doença crônica, causada por uma bactéria que pode afetar qualquer pessoa. É uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.

A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Confira o guia da Hanseníase para mais informações.

A doença tem cura e é de fácil identificação

Ela é caracterizada por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.

O diretor presidente da Fundação Alfredo da Mata, Ronaldo Amazonas, diz que o órgão enviou equipes de rastreio para o interior e pretende visitar todos os municípios do Estado para combater a hanseníase. A primeira etapa está ocorrendo no município do Careiro Castanho.

“Após estudos epidemiológicos, identificamos que a endemia da hanseníase é oculta em muitos municípios. Ou seja, existiam pessoas doentes, sem que a autoridade sanitária soubesse. Isso é muito ruim, pois a hanseníase tende a se perpetuar no seio da população, especialmente com os doentes que apresentam as formas abertas transmissíveis da doença, então a pele vem para localizar esse pacientes, diagnosticá-los, tratá-los e rompermos com a cadeia de transmissão”,

A identificação de casos de hanseníase é feita pelo exame de pele e de nervos, avaliando sinais e sintomas.

A diretora de ensino e pesquisa da Fuam e coordenadora do Projeto Apeli, epidemiologista Valderiza Pedrosa, explica que mais de mil atendimentos já foram feitos e 13 casos foram confirmados para a doença em Careiro Castanho.

“Estamos cobrindo as áreas rurais, comunidades indígenas e também as áreas urbanas dos municípios. Dentre as atividades, estamos realizando busca de casos de hanseníase através do exame dermatológico da população. Nesses atendimentos, já tivemos a confirmação de 13 casos novos da doença e todos eles já iniciaram o tratamento”, afirmou a epidemiologista.

As ações do Projeto APELI para detectar casos de hanseníase em todo o Amazonas, vão se prolongar até o dia 29 de julho.

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Da redação
Foto: SMS de Mesquita/RJ; Divulgação/Internet

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