Vítima do fenômeno das terras caídas na cidade de São Paulo de Olivença, no interior do Amazonas, a cabeleireira Zilda Moraes Maia ainda tenta se recuperar dos impactos da erosão que atingiu a cidade no fim do ano passado.
Sem casa e sem o salão onde sustentava a família, ela é uma das dezenas de famílias afetadas pelo efeito da natureza.
A noite de 26 de novembro de 2024 foi de tensão para moradores de 30 casas onde o chão desmoronou. Zilda precisou sair às pressas com a família, deixando tudo para trás, inclusive o salão. Ela conta que a tragédia afetou o sustento da família:
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Logo em novembro, dias após o desastre, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu a situação de emergência do município.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está fazendo o mapeamento das áreas afetadas e elaborando um plano de trabalho que permitirá a liberação de recursos federais para a reconstrução das residências.
É o que afirma o coordenador de Habitação e Ações Estratégicas da Secretaria de Nacional de Proteção e Defesa Civil, Ademar Lopes.
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Além de São Paulo de Olivença, a cidade de Manacapuru também sofreu com o fenômeno em 2024.
O deslizamento de terra causou a morte de um homem de 36 anos e uma criança de 6 anos, além de deixar outras 10 pessoas feridas.
O laudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revelou ainda que o aterro construído na área do ocorrido estava sobre um solo frágil, incapaz de suportar cargas extras.
Por Tawanne Costa