Um projeto de pesquisa em educação indígena, ciência e linguagem realiza uma investigação a respeito da conexão entre Cultura e Ciência na Tríplice Fronteira do Alto Solimões no Amazonas.
O trabalho chamou atenção pela diversidade étnica, assim como a riqueza e a identidade local da fronteira que é plural.
Produções científicas já haviam sido realizadas e foi possível investigar a cultura como principal alvo nesse projeto de pesquisa.
O indígena Wender Tembé tem um filho que faz parte do projeto. Ele ressalta a importância desse resgate da educação e diz que os valores do aprendizado não podem ser deixados de lado.
Wender reforça que a vontade de manter o conhecimento vindo da cultura indígena permancene entre eles e que a luta para garantir o resgate da educação indígena continua.
Segundo a coordenadora do projeto e doutora em pedagogia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Maria Angelita da Silva, a educação é um método de promover a formação da consciência.
A professora percebeu que a relação entre a língua materna e a língua portuguesa influenciava na formação acadêmica dos estudantes.
O professor, Raimundo Marques, conta que adaptações foram elaboradas para que a linguaguem nativa não seja perdida.
A adaptação de conteúdo é uma realidade comum a Raimundo. Esse ajuste é uma exigência das lideranças indígenas quando determinadas datas históricas ou termos como “descobrimento” e “independência” entram em confronto com o conhecimento indígena.
O projeto promove também a consciência dos conteúdos e os pedagogos passam a ser cientistas da educação das floresta e da fronteira.
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Reportagem: Tawanne Costa
Foto: Reprodução/Internet