O isolamento de Apuí completa duas semanas e DNIT (Departamento Nacional de Transportes) faz contrato emergencial de balsas para o transporte gratuito de alimentos, medicamentos, combustíveis e outros produtos até o município.
A cidade de Apuí, que está em situação de emergência, já enfrenta desabastecimento devido a interdição da BR-230 que foi inundada pelo Rio Madeira, no sul do Amazonas, impossibilitando a passagem de veículos.
Carretas e caminhões com alimentos e produtos estão parados em Humaitá há pelo menos uma semana com cargas destinadas aos comércios do município. Segundo o prefeito de Apuí, Marcos Maciel, o Departamento Nacional de Transportes (DNIT) comunicou a Prefeitura sobre o contrato emergencial.
As balsas saírão de Humaitá até o Porto da Prainha, que é um local de acesso ao município de Apuí, conforme explicou o prefeito.
Na última quinta-feira o DNIT decretou situação de EMERGÊNCIA na BR-230 para facilitar a adoção de providências de acesso ao município.
Ainda na quinta-feira o Governo do Amazonas reconheceu a situação de emergência decretada pela Prefeitura de Apuí assim que a cidade ficou isolada por terra. O prazo de vigência é de 180 dias a contar do dia 28 de março.
Mesmo não estando asfaltada, a BR-230 (mais conhecida como Transamazônica) é a principal via de acesso por terra ao município de Apuí.
A estrada está com pelo menos 20 quilômetros debaixo da água, a uma profundidade de até dois metros em alguns trechos.
O último veículo que arriscou percorrer o trecho inundado foi um trator de médio porte que fez o trajeto com água cobrindo as rodas do veículo.
Por Dhyene Brissow