Reportagem: Liandre Coutinho.
Especialistas afirmam que os casos de desmoronamento e erosão em Manaus têm relação direta com o processo de urbanização e os sistemas de drenagem da cidade.
Mesmo que sejam fenômenos naturais, a ocupação humana e o poder público interferem de diferentes formas.
O geólogo e gerente de Recursos Hídricos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Daniel Nava, explica que o planejamento urbano é um fator determinante.(Ouça)
O professor Fábio Sabbá, do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFAM e coordenador do Laboratório de Análise e Tratamento de Sedimentos e Solos – LATOSSOLO/UFAM) complementa.(Ouça)
Segundo o secretário de Obras, Renato Junior, o descarte incorreto de lixo é a principal causa para o desmoronamento.
A declaração foi feita durante visita a uma erosão que se abriu no beco Aracuã, localizado no bairro Jorge Teixeira, zona Leste.(Ouça)
Via de regra, o lixo participa desse processo mas não é o fator determinante, de acordo com o professor Fábio Sabbá.(Ouça)
Desmoronamentos são um tipo de movimento de massa e há vários outros, como deslizamento, corrida de lama e rastejo, todos relacionados a fatores como inclinação e profundidade do terreno.
O geólogo Daniel Nava explica que, de modo geral, tudo depende da área em que eles ocorrem e de elementos como o limite de saturação do solo.(Ouça)
Em Manaus, há pelos menos 20 áreas de encosta que recebem trabalhos de contenção e são consideradas de risco pela Defesa Civil.
Essas áreas fazem parte de 62 pontos mapeados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura como alvos de grandes intervenções.