O desmatamento em Terras Indígenas com a presença de povos isolados bateu recorde e mais que dobrou nos meses de setembro e outubro em comparação com o bimestre anterior.
As principais terras afetadas foram Jacareúba/Katawixi (AM), Munduruku (PA), Arara do Rio Branco (AC), Uru-Eu-Wau-Wau (RO) e Araribóia (MA).
Foram cerca de 460 hectares desmatados em 20 territórios, segundo análise do Sistema de Alerta de Desmatamento em Terras Indígenas com Registros de Povos Isolados (Sirad-I) e do Instituto Socioambiental (ISA).
A Terra Indígena Munduruku está entre as mais pressionadas e ameaçadas pelo garimpo ilegal na Amazônia, segundo o monitoramento Sirad-I.
Foram identificados 440 hectares de floresta desmatada no interior do território desde o início do ano e 136 hectares só no mês de outubro.
Desde 2020, quando a TI começou a ser monitorada, 1,5 milhão de árvores foram derrubadas.
No Amazonas a Terra Indígena Jacareúba/Katawixi, está à mercê dos invasores desde dezembro de 2021, quando venceu sua portaria de restrição de uso, mecanismo legal de proteção do território.
Há quatro meses o monitoramento do Sirad-I vem identificando sucessivos alertas de desmatamento dentro da Terra Indígena, em torno de 68 hectares em setembro.
De acordo com o sistema de Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Jacareúba já perdeu mais de 3,3 milhões de árvores.
A Terra Indígena está cercada por estradas e ocupações desordenadas.
Da redação