A defesa dos envolvidos nos assassinatos do Jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo pede anulação do processo. O pedido foi feito nesta sexta-feira (20) e também pede a suspensão das prisões por falta de provas e documentos que não foram incluídos junto à ação criminal, entre eles o laudo com o suposto material genético encontrado no barco de Amarildo.
No pedido a defesa dos envolvidos questiona o motivo “de três pescadores estarem presos preventivamente em presídios federais” e alega que os depoimentos deles “foram extraídos mediante tortura”.
Bruno e Dom foram assassinados durante uma expedição no Vale do Javari, interior do Amazonas, em junho do ano passado. O indigenista foi morto com três tiros, sendo um deles nas costas, e o jornalista foi assassinado apenas por estar com Bruno.
Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, foram presos e tiveram as prisões preventivas mantidas por uma nova decisão do juiz federal Fabiano Verli, proferida no último dia 17 de janeiro.
No ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o trio por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto Oseney teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas.
De acordo com o MPF, já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena. A motivação do crime, segundo o MPF, foi porque Bruno pediu para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo órgão como motivo fútil e pode agravar a pena.
Da redação
