A Defensoria Pública do Amazonas solicita avaliação de saúde mental do venezuelano Luis Domingo Siso, de 62 anos, acusado de incendiar uma casa lotérica, no centro de Manaus, em agosto de 2022.
O incêndio resultou na morte de três pessoas.
A solicitação foi feita pela defensora pública Ellen Cristine Alves de Melo.
Em abril deste ano, o Ministério Público do Amazonas solicitou o julgamento do venezuelano, por homicídio qualificado pelo uso de fogo e pela impossibilidade de defesa das vítimas.
Além disso, Luis enfrenta acusações de tentativa de homicídio contra uma pessoa sobrevivente do ataque.
A defensora destacou que o relatório médico do Centro de Detenção Provisória Masculino, de junho de 2023, não fornece uma conclusão definitiva sobre o estado mental do acusado no momento do crime.
O médico responsável pelo exame de Luís mencionou a falta de acesso ao histórico médico anterior ao incidente e concluiu que não havia evidências de um transtorno mental ativo.
Entretanto, ele também observou que Luís não conseguia lembrar do ataque à casa lotérica, o que ele atribuiu a uma possível amnésia retrógrada causada pela agressão física sofrida após o incêndio e pela inalação de fumaça tóxica.
A defensora Ellen Cristine enfatizou a necessidade de esclarecer se Luis estava mentalmente doente ou sob influência de substâncias no momento do crime, além de questionar se ele compreendia plenamente a natureza criminosa de suas ações ou se sua capacidade mental estava comprometida de alguma forma.
O caso
Segundo as investigações, Luis chegou à casa lotérica em um táxi, com 60 litros de gasolina, e iniciou o incêndio, o que resultou na tragédia.
Durante o sinistro, Luis foi detido e agredido por populares antes da chegada da polícia. O inquérito policial concluiu que ele agiu sozinho no ataque.
O motivo por trás do ataque criminoso ainda não foi determinado pela investigação.
Da redação.
