Mais de 10.919 hectares de área desmatada são embargados no sul do Amazonas em três meses da operação Tamoiotatá. Os crimes ambientais resultaram em R$ 31 milhões de reais, provenientes de 57 autos de infração.
A área é equivalente a quase oito mil campos de futebol, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
As áreas embargadas pelo Ipaam, representam propriedades que foram identificadas com queimadas ou desmatamentos não autorizados.
Durante a operação, no município de Humaitá, foi feita a maior apreensão de carga ilegal de madeira deste ano, até o momento.
Em um porto particular, foram encontrados cerca de 600 metros cúbicos de madeira, extraídos de forma criminosa da floresta amazônica, para serem vendidos em Minas Gerais e Santa Catarina. A carga estava avaliada em 2 milhões de reais.
A força-tarefa da Operação Tamoiotatá conta com mais de 300 pessoas, entre servidores estaduais e brigadistas que atuam no combate aos crimes ambientais de desmatamento e às queimadas ilegais.
As equipes da Operação Tamoiotatá atuarão em diversas frentes, que incluem o combate efetivo às queimadas, a realização de barreiras terrestres para coibir o mercado ilegal de madeira, além de ações de Defesa Civil, monitoramento ambiental e cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão.
Em campo, a atuação será ampliada ainda com o uso de geotecnologias, com R$ 1,7 milhão investidos em um serviço de monitoramento ambiental remoto, com a utilização de drones. O recurso é proveniente de um projeto da Sema financiado pelo Banco Alemão de Desenvolvimento KfW, que prevê ainda R$ 1,6 milhão para estruturação das brigadas, além de R$ 2,6 milhões para a remuneração de 240 brigadistas por um período de seis meses. Ouça:
Reportagem: Gabrielle Moura
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