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Crianças Yanomami enfrentam desnutrição e falta de assistência em Barcelos (AM), denuncia associação

 

Por Tawanne Costa

Os casos de desnutrição em crianças yanomami se agravam em 42 comunidades indígenas do município de Barcelos, no interior do Amazonas.

A fome causada pela falta de acesso a alimentos básicos, até mesmo como o próprio peixe, tem afetado as crianças, principalmente abaixo dos cinco anos.

A logística em busca de assistência tem causado o agravamento dos casos. Para se deslocarem até Barcelos, os indígenas utilizam pequenas embarcações enfrentando sol e chuva em viagens que duram vários dias.

O coordenador da Associação Indígena Xorumaua, Batista Chimauteria, denuncia a falta de assistência. (Ouça)

Batista relata um caso de uma adolescente de 16 anos que está pesando em média 25 quilos, menos da metade peso ideal para a idade dela, que seria 58 quilos. A jovem inclusive segue em acompanhamento médico em Manaus. (Ouça)

Os casos de desnutrição são reflexos do agravamento de outras doenças como; malária, infecções intestinais e doenças diarreicas agudas.

A técnica de enfermagem da Secretaria Nacional de Políticas de Fomento da Amazônia Legal, Ana Lacerda, explica o motivo. (Ouça)

A viagem das aldeias até Barcelos dura de sete a dez dias. Pela proximidade com os estados vizinhos, os yanomamis acabam sendo deslocados em aeronaves para Boa Vista, em Roraima.

Motivo de medo e conflito entre os indígenas. Isso porque há casos de abuso sexual entre os pacientes durante os atendimentos. (Ouça)

Em 2023, trezentas e sete crianças yanomami foram resgatas com casos graves de desnutrição.

Segundo o Ministério da Saúde, há locais em que o garimpo não permite a segurança necessária para a entrada de profissionais de saúde.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) mantém no município de Barcelos–AM nove Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), ligadas ao DSEI Yanomami, em “pleno funcionamento”.

Quando os indígenas estão na cidade, recebem apoio das equipes de saúde do DSEI ARN e também são atendidos pela rede do SUS normalmente.

O órgão disse ainda que três projetos de construção de novas Unidades Básicas de Saúde Indígena estão em andamento na região.

Quanto aos casos de abuso sexual, não tivemos resposta sobre o assunto.

 

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