Os prefeitos de cinco municípios do Amazonas se reúnem com senadores e deputados federais da bancada do estado, em Brasília (DF), para discutir a situação do garimpo de ouro no rio Madeira.
O encontro ocorreu nessa quarta-feira (1). Os gestores municipais querem impedir operações e a destruição de balsas apreendidas, que deixou vários garimpeiros desabrigados no último fim de semana. A regularização da atividade também foi discutida.
Estiveram presentes na reunião os prefeitos de Autazes, Borba, Novo Aripuanã, Manicoré e Humaitá, cidades da bacia do rio Madeira. O prefeito de Borba, Simão Peixoto, que chegou a acomodar 300 pessoas que ficaram desabrigadas, afirma que espera sensibilizar os parlamentares e autoridades:
Durante a operação da Polícia Federal, no fim de semana, cerca de 130 balsas foram apreendidas e queimadas por ilegalidades, deixando famílias de garimpeiros desabrigadas. Antes da ação, aproximadamente 300 balsas estavam atracadas ao longo do rio Madeira para exploração de ouro não permitida.
O garimpeiro, que não será identificado, conta que conseguiu sair do local antes que a polícia chegasse. Ele também relata que a atividade é a única forma que trabalhadores que vivem na região encontram para sobreviver:
Durante a reunião dessa quarta-feira, o senador Eduardo Braga, do MDB, recomendou que as prefeituras dos municípios que pertencem à Bacia do Rio Madeira, façam um cadastro de balsas e garimpeiros, como um manual normativo para o exercício da atividade na área.
Em agosto deste ano, a Justiça Federal proibiu a concessão irregular para atividades de extração de ouro no leito do rio Madeira, em área de mais de 37 mil hectares, na região sul do Amazonas.
Reportagem: Cindy Lopes