Em uma sessão plenária marcada por discussões e desentendimentos, os vereadores de Manaus protagonizaram um bate-boca nessa segunda-feira (13), sobre a construção de um novo prédio da Câmara Municipal de Manaus (CMM) – anexo ao parlamento – que deve custar quase R$ 32.000.000.
Conforme o edital de licitação, os recursos já foram empenhados e o processo de concorrência pública vai ocorrer no dia 18 de outubro.
Contra a realização das obras, o vereador Rodrigo Guedes (PSC), defendeu que o recurso fosse enviado a Prefeitura de Manaus para auxiliar a população que sofre com as consequências da crise econômica e o desemprego: “Faço um pedido ao presidente da Câmara, que envie esse recurso à Prefeitura de Manaus […] a população não apoia este gasto na Câmara Municipal de Manaus“, afirmou. (ouça)
O discurso não agradou a base do presidente da CMM, David Reis (Avante), que saiu em defesa da obra.
O presidente, acusou Rodrigo Guedes de chamar a obra de puxadinho: “Vereador, eu não fui eleito presidente da Câmara para brincar com os recursos da Câmara […]” (ouça)
Integrante da Mesa-Diretora da Casa, o vereador Wallace Oliveira (Pros), disse que o parlamentar adota um discurso oportunista: “Esses discursos oportunistas, de plateia, pré-eleitoreiros não podem acontecer”
Outros vereadores que endossaram as declarações de David Reis e Wallace Oliveira foram Luis Mitoso (PTB), Diego Afonso (PSL) e Glória Carrate (PL).
Rodrigo Guedes rebateu as falas dos parlamentares e negou chamar a construção do novo prédio de “puxadinho” (ouça)
No início de setembro, a CMM publicou um aviso de licitação para alugar 41 carros, modelo picape. A empresa contratada para prestar o serviço será definida através de pregão presencial no próximo dia 20 de setembro.
Reportagem: Ricardo Chaves
Foto: Reprodução/CMM