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Classes C e D apresentam queda no consumo em junho no AM

por Clara Toledo Serafini

Consumo das classes C e D

Uma pesquisa aponta que, no Amazonas, as pessoas das classes C e D reduziram em 11% o consumo de produtos, alimentos e outros serviços. O levantamento foi realizado pela empresa Superdigital.

Foi o segundo mês consecutivo de declínio no estado. A pandemia do coronavírus intensificou ainda mais o clima de instabilidade na economia brasileira.

De acordo com a economista Denise Kassama, o desemprego, que no Amazonas está por volta de 17%, é um dos fatores para os baixos índices no consumo:

“A gente tem que lembrar que nos últimos doze meses muitas empresas encerraram as atividades. Essa questão no recuo do hábitos de consumo também está relacionada ao desemprego. E se o desemprego está tão alto, é evidente que a renda recuou para boa parte das famílias, especialmente para as de baixa renda”, evidenciou a economista.

Queda no consumo está relacionado ao aumento do desemprego

Denise destaca que a redução do auxílio emergencial, aliada à alta inflação, também dificultaram os hábitos de consumo das classes mais baixas:

“Também temos que lembrar que o auxílio emergencial foi bastante reduzido nesse segundo período da pandemia. Considerando que o preço dos alimentos também subiu e estamos com a inflação em ritmo de alta, o que dificulta a questão do consumo” concluiu Denise.

Segundo a pesquisa, os setores que mais apresentaram queda foram Restaurante, com menos 12%, Diversão e Entretenimento, com 9% e Supermercado, com 8%.

A aposentada Maria de Fátima conta que sentiu os impactos no consumo na casa dela:

“Praticamente nem podemos comprar o que comprávamos devido ao aumento do preço de tudo. E lazer é ainda mais difícil, porque o dinheiro que eu pego é apenas para pagar contas. As coisas estão ficando cada vez mais difíceis. Não sobra dinheiro para ir passear, ir à praça, tá difícil” disse a dona de casa.

A maioria das regiões do Brasil apresentou queda em junho comparado com o mês anterior.

Contudo, a queda mais expressiva, com 17%, foi vista na região Norte, seguido pelo Sul, Nordeste e Sudeste . O Centro-Oeste teve leve alta de 0,5%.

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Da redação
Foto: Pexels; Cris Campos

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