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Caso Julieta evidencia liderança da Amazônia em números de violência contra mulheres

Reportagem: Liandre Coltinho.

Um crime brutal ceifou a vida da artista venezuelana Julieta Martínez.

Segundo a Polícia Civil, ela foi morta, vítima de estupro, teve o corpo incendiado e enterrado no município de Presidente Figueiredo.

Em meio às notas de repúdio e frases como “é difícil ser mulher”, o caso destaca a realidade de insegurança vivida pelas mulheres no Brasil.

O problema é um fenômeno nacional, mas varia de acordo com as diferenças econômicas, sociais e mesmo regionais.

Nos estados da Amazônia Legal, por exemplo, praticamente todos os crimes baseados no gênero são maiores do que no restante do país, segundo o estudo Cartografias da Violência na Amazônia, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em novembro de 2023.

Essa realidade impacta o cotidiano de mulheres de diferentes idades e a sensação de estar “sempre em perigo” obriga a universitária Gabriela Petillo, de 21 anos, a estar em alerta constante.(ouça)

O estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que em todos os contextos da Amazônia Legal as taxas de violência sexual são 33,8% superiores à média nacional.

Quanto aos feminicídios, o levantamento indica um possível registro enviesado no Amazonas por conta da baixa notificação dos casos, já que o número de mulheres mortas é acima do crime específico contra mulheres.

De janeiro a novembro de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, 20 feminicídios foram registrados no Amazonas.

Os dados mostram a epidemia de violência contra meninas e mulheres que existe no país.

Segundo a quarta edição do relatório Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil, essa violência que tem como raiz os valores atribuídos culturalmente a mulheres e homens que determinam expectativas
e comportamentos.

Por isso, a costureira Tereza Cristina, de 56 anos, conta que teme pela própria segurança e segue uma série de cuidados quando sai de casa.(ouça)

O Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em dezembro de 1948, assegura que “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”

Porém, o Brasil segue com as marcas de um processo histórico e cultural que relativiza os direitos das mulheres.

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