A segunda noite do 58º Festival de Parintins teve abertura com apresentação do Boi Caprichoso, que levou à arena “Kizomba: retomada pela tradição”, e foi fechada com a apresentação do “Garantido, patrimônio do povo”, do bumbá vermelho e branco.
Novamente, alegorias grandiosas e muita emoção tomaram conta das galeras, que vibraram e incentivaram os artistas.
Caprichoso
Na segunda noite do 58º Festival de Parintins, neste sábado (28), o Boi Caprichoso abriu as apresentações com um espetáculo marcado pela exaltação da cultura negra, das lendas amazônicas e dos rituais indígenas.
A noite começou com a apresentação da Figura Típica Regional, representada pelos Marandoeiros e Marandoeiras da Amazônia, os contadores de histórias que mantêm vivas a memória e a cultura do povo amazônida por meio da oralidade.
Uma homenagem à sabedoria popular, aos “causos” dos interiores.
Entre os destaques da apresentação, a Lenda Amazônica retratou a história de Sacaca Merandolino, o Encantado de Arapiuns. A obra conta a trajetória do curandeiro que, ao morrer, tornou-se o eterno guardião das águas escuras do rio Arapiuns.
O momento também foi marcado pela apresentação da Rainha do Folclore, que surgiu em destaque no interior da alegoria.
O levantador de toadas Patríck Araújo conduziu um dos momentos aclamados da noite ao interpretar Sensibilidade, toada que mobilizou a arquibancada e a galera azulada.
No Ritual Indígena, o Boi Caprichoso apresentou Musudi Munduruku – A Retomada dos Espíritos, uma celebração espiritual e de resistência do povo Munduruku. A alegoria grandiosa assinada pelo artista Kennedy Prata, trouxe o Pajé Erick Beltrão.
Garantido
O tema “Garantido, Patrimônio do Povo”, do projeto “Boi do Povo, Boi do Povão”, encerrou a segunda noite do boi vermelho e branco. As matrizes populares, indígenas e afro-brasileiras conduziram a narrativa da apresentação.
Em uma entrada apoteótica com a galera vermelha e branca acompanhando o ritmo, o Boi Garantido conduziu a segunda noite com grandes momentos.
Um dos destaques foi o item 4, Ritual Indígena, que apresentou o “Ritual Ajié”, com Adriano Paquetá comandando o item 12, Pajé.
Outro momento que causou comoção no público foi o verso do amo do boi, João Paulo Farias, em homenagem ao tio Paulinho Farias, ex-apresentador do Garantido e figura histórica do Festival de Parintins.
Com o encerramento da apresentação pelo Boi Garantido, a segunda noite do Festival de Parintins 2025 foi concluída. As apresentações seguem neste domingo (29), no Bumbódromo.
Da redação.