O Amazonas teve mais de 46.800 casos de malária entre os meses de janeiro e outubro deste ano, uma queda de 7% em relação a quantidade registrada no mesmo período de 2020, quando foram notificados 50.418 casos.
Barcelos foi o município com maior número de infecções: foram 7.535, seguido de São Gabriel da Cachoeira, com 7.120 e a capital Manaus com 3.685 casos.
Segundo a Fiocruz, a dinâmica epidemiológica da malária não pode ser resumida às variáveis climáticas, mas pode ser agravada pela chuva, temperatura e umidade, principalmente nos períodos de transição entre o inverno e o verão amazônico.
O médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, André Siqueira, fala que tanto as condições ambientais como de moradia são propícias para o contágio: (ouça)
O especialista acrescenta que febre alta, calafrio, dor de cabeça e no corpo são alguns dos sintomas da malária, o que é um desafio, já que são semelhantes aos de outras enfermidades: (ouça)
No fim de semana, o Amazonas recebeu uma mobilização social de educação em saúde realizado em alusão ao Dia da Malária nas Américas, no dia 6 de novembro. A ação foi promovida pelo Ministério da Saúde e contou com a presença do titular da pasta, Marcelo Queiroga.
O Dia da Malária nas Américas ocorre anualmente e foi estabelecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 2007. O combate à doença é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Reportagem: Cindy Lopes