Apesar de ser a região mais biodiversa e abrigar a maior floresta tropical do mundo, nos últimos anos, a Amazônia brasileira recebeu menos investimentos em pesquisas sobre biodiversidade do que outras regiões do país.
Segundo um estudo publicado na revista Perspectivas em Ecologia e Conservação, entre 2016 e 2022 a Amazônia recebeu apenas 10% de todo o orçamento federal para apoiar projetos de pesquisa sobre biodiversidade.
De acordo com o estudo, o Norte recebeu cerca de 10% dos recursos disponibilizados pelo edital Universal (CNPq) entre os anos de 2016 e 2022, e 22% do recurso disponível pelo edital de 2020 do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) para pesquisas de longa duração.
Já as regiões Sul e Sudeste concentraram juntas 50% desses recursos no período.
A proporção de pesquisadores em programas de pós-graduação em biodiversidade é semelhante: apenas 12% estão alocados em instituições da Amazônia brasileira, enquanto 55% são de instituições do Sul e Sudeste.
O estudo é resultado de uma rede de pesquisa no projeto Synergize e reúne pesquisadores de doze instituições nacionais e internacionais. O projeto é coordenado pela Embrapa e pela Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Da redação.