Reportagem: Liandre Coutinho
O Amazonas tem a terceira menor remuneração do país na prestação de serviços por plataformas digitais, apesar de ser destaque no setor nacional.
No estado, a média de rendimento mensal é cerca de R$1.772,00, classificada como a vigésima quinta menor entre as 27 Unidades Federativas, segundo levantamento do IBGE.
Os trabalhos em análise são: aplicativos de táxi; transporte particular de passageiros; entrega de comida, produtos e outros.
Os dados ainda estão sob avaliação, mas evidenciam que as pessoas que trabalham através de plataformas digitais no Amazonas estão concentradas principalmente na Região Metropolitana de Manaus.
Em proporção, o estado foi o sexto que mais utilizou serviços por plataformas digitais no último trimestre de 2022.
Além disso, o relatório aponta certas mudanças no mundo do trabalho, ocasionadas principalmente pela pandemia, como afirma o supervisor de disseminação de informações do IBGE, Adjalma Jaques. (Ouça)
Para o professor de jornalismo da UFAM, Rafael Hoff, que estuda as dinâmicas da plataformização, o processo está relacionado a forma de mediação e controle do trabalho.
Com o uso de tecnologias como redes sociais e algoritmos, a plataformização analisa o desempenho do profissional, dando benefícios ou punições de acordo com os resultados.
Dessa forma, mais tempo é dedicado às plataformas, pois os amazonenses que trabalham com essa modalidade dedicam quase 7 horas semanais a mais nas atividades, quando comparados aos trabalhadores normais. (Ouça)
No país, o levantamento do IBGE indica que a maioria da população ocupada entre os plataformizados, possui níveis intermediários de escolaridade, sobretudo com ensino médio completo ou superior incompleto.