Nessa terça-feira, 28, o governador Wilson Lima realizou a entrega de equipamentos e materiais para fortalecer as fiscalizações, como armas e lanchas blindadas. As ações fazem parte do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA).
Em meio à preocupação com a chegada de facções criminosas pelas áreas de fronteiras do Amazonas, o governo do estado e o Ministério da Justiça vão reforçar as operações de segurança.
O governador informou que o crime organizado aproveita os rios da região e a imensidão da Amazônia, que representa um desafio para a fiscalização, para produzir e traficar substâncias ilícitas. (ouça)
São 4 mil se concentram no Amazonas, dos 15 mil quilômetros de áreas de fronteira no país, segundo o VIGIA.
Na ocasião, o Coronel Edison Prola, secretário de Segurança Pública de Roraima, admitiu que uma facção criminosa da Venezuela já está agindo na capital Boa Vista, e pediu mais ações integradas nas áreas de fronteiras na Amazônia.
A facção entrou pela região de Pacaraima, no norte de Roraima, na fronteira com a Venezuela. Além disso, todos os dias entram cerca de 800 venezuelanos pela área.
Desde o começo da crise migratória, meio milhão de venezuelanos entraram em solo brasileiro por essa região de Pacaraima. Diante disso, o secretário reforçou a importância de ações nas áreas de fronteira do Amazonas, para evitar a chegada de criminosos em solo amazonense. (ouça)
Ainda segundo o VIGIA, muitas facções criminosas no Brasil começaram a formar alianças com grupos em países que fazem fronteira com a Amazônia, como a Colômbia e o Peru. A Amazônia brasileira se tornou uma rota primária dos fluxos de drogas que se direcionam para a Europa e África.
Reportagem: Guilherme Guedes