Por Eros de Sousa e Victor Litaiff
A primeira licença ambiental para exploração do potássio em Autazes, no interior do estado é entregue pelo governo do Amazonas.
A entrega aconteceu nessa segunda-feira (08) em evento realizado na sede do governo. O processo já durava 15 anos.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que a exploração vai beneficiar o estado e comunidades locais, como os povos Mura, que vivem na região: (ouça)
Em novembro do ano passado, a Justiça do Amazonas suspendeu a licença da empresa Potássio do Brasil, sob a alegação de que o projeto da empresa Brasil agravou irregularidades, com violações, falsas promessas, ameaças e cooptação dos povos indígenas.
Outro argumento é que a exploração da Potássio do Brasil estaria em uma área reivindicada pelo povo Mura, o que colocaria emissão da licença a cargo do Ibama e não do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam)
Em fevereiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) acatou pedido da Potássio do Brasil e autorizou a emissão de licença pelo Ipaam.
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, disse que o empreendimento está localizado em terras já degradadas anteriormente e longe de territórios indígenas: (ouça)
Segundo a empresa Potássio do Brasil, os investimentos previstos são de R$ 13 bilhões de reais, dos quais R$ 1 bilhão já foram investidos. Conforme a empresa serão, no total, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos gerados com a exploração do minério. O uso de mão de obra local será de até 80%.
O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, comparou a exploração da Potássio do Brasil com a implementação da Zona franca de Manaus: (ouça)
A licença ambiental de instalação tem validade de três anos e autoriza a construção da parte administrativa e funcional do complexo, incluindo as minas subterrâneas que terão 800 metros de profundidade.
O projeto também prevê que uma estrada de 12 quilômetros entre as comunidades da Vila de Urucurituba e Lago do Soares, no município de Autazes, será reconstruída.
A fase de operação da Potássio do Brasil tem previsão de vida útil de 23 anos. Além de gerar mais de DUAS milhões de toneladas por ano de potássio.
