Febre, fraqueza, dores intensas de cabeça e no corpo, inchaço dos gânglios linfáticos e aparecimento de erupções na pele. Esses são alguns dos sintomas da Monkeypox (MPXV), a Varíola dos Macacos, que tem se espalhado pelo país.
O Amazonas tem dois casos confirmados da doença, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado e monitora ainda, outros dois casos suspeitos que permanecem em investigação.
A Organização Mundial da Saúde declarou na semana passada emergência global de saúde, o nível mais alto de alerta, sobre o surto da Monkeypox. No Brasil, uma pessoa morreu por complicações causadas pela infecção.
O cenário preocupa especialistas que alertam para o despreparo do Amazonas. O epidemiologista da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, afirma que, até agora, não houve nenhuma medida de contenção e controle da doença. (Ouça)
De acordo com a FVS, até o momento não há casos confirmados de transmissão local.
Todos os pacientes confirmados têm histórico de viagem recente, no entanto, o infectologista Bernardino Albuquerque avalia que, se medidas não forem tomadas, existe a possibilidade de transmissão comunitária no estado, como já ocorre em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. (Ouça)
A secretária-geral do Conselho Regional de Medicina do Amazonas, Shirllane Azevedo, destaca que a varíola dos macacos ainda é uma doença pouco conhecida e por isso é preciso manter o alerta e adotar medidas preventivas. (Ouça)
No início desta semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Brasil vai receber o antiviral utilizado para o tratamento de casos de Monkeypox por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), mas ainda não há informações sobre a quantidade e a data de chegada do medicamento.
